terça-feira, 14 de agosto de 2012

Advogados vivem momento ruim, diz presidente da Aasp

21 maio 2012
Mercado da advocacia

“A Advocacia está passando por uma crise financeira em virtude de sua proletarização causada, principalmente, pelo excesso de profissionais que estão exercendo uma atividade burocrática e ‘industrial’. O excesso de judicialização do contencioso e o estelionato educacional na área do Direito tem trazido uma desvalorização da advocacia, o que tem refletido na remuneração dos advogados que chegam a receber R$ 5 por ato praticado no processo”.
Esta é a avaliação do presidente da Associação dos Advogados de São Paulo, Arystóbulo de Oliveira Freitas, ao afirmar que o momento financeiro da advocacia brasileira está longe de ser um dos melhores. Ele considera que a tradição de levar o contencioso ao Judiciário causou uma enorme oferta de trabalho voltado às atividades repetitivas e mal remuneradas. “São vagas que oferecem ao advogado um mínimo de remuneração e não lhe dão bons horizontes para o futuro”.
Ele aponta que atualmente há grandes empresas que chegam a ter 50 mil processos na Justiça e, após fazer cálculos empresariais, resolvem pagar R$ 15, R$ 10 ou até mesmo R$ 5 para que o advogado atue em cada processo. “Isso se dá porque na maioria destes casos, o advogado se limita a preencher espaços em branco de modelos de petições pré-redigidas, o que deveria mudar. O contencioso é uma área importante para a advocacia. A remuneração só vai aumentar a partir do momento em que o advogado começar a trazer os casos para uma solução pré-judicial”, afirma Arystóbulo.
Na avaliação do presidente da Aasp, três fatores tendem a melhorar a remuneração do advogado, caso se implante, definitivamente, a ideia de que casos do contencioso devem ser resolvidos extrajudicialmente. Primeiro, porque um acordo tende a trabalhar com valores menores do que aqueles ao qual a empresa seria condenada judicialmente. Segundo, porque o acordo exige mais do intelecto do advogado, que precisará encontrar uma solução com sentido negocial e com base no Direito, já que cada caso tem as suas particularidades. Por fim, a própria preservação do nome da empresa que será levada ao banco dos réus.
Arystóbulo ressalta que o Brasil passou por uma fase em que as pessoas descobriram que podiam ir à Justiça para fazer cumprir seus direitos, o que já restou consolidado. “Portanto, agora é necessário mostrar ao cidadão que para exercer seu direito ele não precisa ir ao Judiciário, porque há métodos alternativos para isso”.
Além disso, Arystóbulo acredita que a advocacia passa por uma desvalorização da sua importância na sociedade. Entre os motivos, estariam atitudes de diversas autoridades “que querem desacreditar aquele que representa o cidadão. Essa desacreditação concentrada prejudica o profissional que passa a ter a sua importância diminuída na sociedade, o que reflete na remuneração do profissional. A sociedade entende que um profissional que, constantemente, passa por tentativas de ser diminuído pelas autoridades não merece uma remuneração mais adequada”.
Um reflexo disso, segundo Arystóbulo, é a própria mudança no conceito de “grande escritório”. Ele destaca que há 20 anos o grande escritório era aquele que advogava para empresas importantes e cuidava de grandes causas. Mas, hoje, existem dois tipos de grande escritório: aquele com o perfil de 20 anos atrás e aquele que cuida de processos de grandes empresas e causas de massa.
Arystóbulo aponta que em muitos destes escritórios que tem foco no contencioso, além da remuneração baixa (R$ 5 por ato praticado), há bacharéis não aprovados no Exame da OAB que fazem o trabalho de estagiário. “Por isso, precisamos mudar a mentalidade da área contenciosa e trazer os processos para a fase conciliatória. Acredito que com isso, em médio prazo, a remuneração do advogado deve mudar em curva ascendente”.
Ao citar o Exame da Ordem, Arystóbulo também ressaltou que toda a discussão que se travou recentemente em torno da qualidade dos cursos de Direito trouxe consequências ruins para a remuneração dos advogados. O presidente da Aasp explica que a advocacia funciona em cadeia, e que profissionais mal preparados acabam exercendo uma espécie de sub-emprego na advocacia (serviços burocráticos) e sendo mal remunerados, o que reflete em toda a categoria.
“Passamos por um momento em que houve uma avalanche de universidades que entregavam um curso de Direito com qualidade muito inferior ao que ofereciam. Muitas sequer tinham autorização do MEC para oferecer os cursos. Foi um verdadeiro estelionato educacional. Resultado: o bacharel não passa no Exame da Ordem e vai para o sub-emprego, se sujeitando á baixas remunerações. Isso tem um efeito em cadeia na advocacia”, afirma Arystóbulo. 
Rogério Barbosa é repórter da revista Consultor Jurídico.
Revista Consultor Jurídico, 21 de maio de 2012

domingo, 12 de agosto de 2012

Filosofia - Plano de Ensino

Segue plano de ensino do curso de Filosofia.


http://www.4shared.com/office/Bx0B8uh2/Introduo__Filosofia__2012_1.html


Att,

Luiz

PETADi

Prezados,


Para aqueles que se interessaram pelo programa PETADI e se inscreveram para a entrevista, encaminho o endereço do local da entrevista. Para quem não se inscreveu, ainda dá tempo!!!

Caso tenham dúvidas sobre o progama, procurem a Marisa. Ela cursa o 10º semestre do curso de Direito na sala 513. Seu e-mail é mdmartins@uninove.edu.br.


PET ADI
Prédio de Pós Graduação da Barra Funda

Dia 16 (quinta-feira) das 12h às 17h30
Dia 18 (sábado) das 9h às 12h e das 14h às 17h30

Av. Francisco Matarazzo, 612 – 2º Andar – prédio C
Profª Nildes Pitombo Leite

Att,

Luiz

Filosofia - Análise da música: Mulheres de Atenas - Chico Buarque de Holanda


Mulheres de Atenas
(Chico Buarque / Augusto Boal)

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas
Cadenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Sofrem por seus maridos, poder e força de Atenas
Quando eles embarcam, soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam sedentos
Querem arrancar violentos
Carícias plenas
Obscenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar o carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas
Helenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas
Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito nem qualidade
Têm medo apenas
Não têm sonhos, só têm presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas
Morenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Temem pro seus maridos, heróis e amantes de Atenas
As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Não fazem cenas
Vestem-se de negro se encolhem
Se confortam e se recolhem
Às suas novenas
Serenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos, orgulho e raça de Atenas.


Esta música foi composta por Chico Buarque & Augusto Boal em 1976, para a peça Mulheres de Atenas de Augusto Boal. Postarei apenas uma pequena parte de um estudo/análise da letra de Mulheres de Atenas, realizado pelo Prof. José Anastácio Rocha (Equipe Mundo Cultural).

Silvia Elena


É comum, ainda nos dias de hoje, leitores menos avisados considerarem essa música como uma apologia à submissão e à subserviência feminina ao machismo brasileiro, a exemplo das mulheres da Grécia antiga. Aliás, isso aconteceu com muitas mulheres que se diziam feministas, algumas leitoras vacilantes e obtusas, que criticaram os autores porque julgaram a música “machista” – segundo elas, a letra da música sugeria que as mulheres de hoje tivessem o mesmo comportamento das mulheres da antiga Atenas. Não conseguiram perceber a inteligente ironia do texto... Onde se lê “Mirem-se...” sugere-se que se faça o contrário; dessa forma, o texto é um hino contra a submissão das mulheres que se sujeitam às regras ditadas pelas sociedades patriarcais.

O próprio Chico Buarque, em uma entrevista à televisão Cultura, ao ser indagado sobre o pensamento das feministas da época, disse: “Elas não entenderam muito bem. Eu disse: mirem-se no exemplo daquelas mulheres que vocês vão ver o que vai dar. A coisa é exatamente ao contrário”.

A canção é inteiramente metaforizada. Isso faz dela um poema, embora haja um indício de narrativa ao passar uma ideia do que acontece com as mulheres em Atenas. Algumas metáforas mais expressivas podem ser destacadas facilmente na canção e sua significação é, quase sempre, muito sutil.

Outro recurso muito presente é a antítese. Ao expressar a condição feminina da mulher ateniense, o autor valoriza suas palavras com ideias contrárias. Assim, podemos destacar: defeito... qualidade; vivem... secam (morrem); despem-se... vestem-se; gosto... vontade; amadas... abandonadas; embarcam (partem)... voltam; etc.


Fontes:
http://www.mundocultural.com.br/analise/Mulheres_de_Atenas.PDF
http://www.companhiadasletras.com.br/
http://www.chicobuarque.com.br/
BUARQUE, Chico, BOAL, Augusto. In: Chico Buarque – letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 144.


sábado, 11 de agosto de 2012

Semana Jurídica 2012

Data do evento:13-08-2012 até 14-08-2012
Local: auditório do campus Memorial
Horário: das 19:30 até 22:30
Pré-requisitos: alunos do curso de Direito da UNINOVE

Evento debaterá o papel dos profissionais de Direito no devido processo legal
 
Para debater o papel dos profissionais de Direito no devido processo legal, a UNINOVE receberá personalidades renomadas na Semana Jurídica 2012, nos dias 13 e 14 de agosto, às 19h30, no campus Memorial.
 
Confira a programação
 
Data: 13/8 
Horário: das 19h30 às 22h30
Local: Auditório do campus Memorial
Palestrantes
Prof. Dr. Ricardo Hasson Sayeg – Coordenador do programa de Mestrado e Doutorado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), área de concentração – Direito Econômico, advogado.
Dr. José Carlos Blat – Promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo e ex-integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).
 
Data: 14/8
Horário: das 19h30 às 22h30
Local: Auditório do campus Memorial
Palestrante
Dr. Roberto Podval – Advogado criminalista, docente e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em Portugal.

Aproveite essa oportunidade para ampliar seus conhecimentos. Participe!

Filosofia - Filme: Zorba, o Grego

Segue link para download do filme: Zorba, o Grego.

http://uploaded.to/file/941kmvtu

Att,

Luiz

História do Direito - 1º Material de apoio

Segue o link referente ao 1º material de apoio encaminhado pela professora Kelly.

http://www.4shared.com/office/p0wTjsrj/Material_-_1_-_10082012.html




Att,

Luiz

História do Direito - Livro História do Direito Geral e Brasil

Senhores,

Segue link do livro História do Direito Geral e Brasil, da Flávia Lages de Castro.

http://www.4shared.com/office/niKfNgPD/Flvia_Lages_de_Castro_-_Histri.html


Att,


Luiz