domingo, 22 de abril de 2012
Figuras de pai e magistrado se confundem em uma só
Por Glaís Peluso
CEZAR PELUSO, O JUIZ
Para mim, as figuras de pai e magistrado, em certos momentos, confundem-se em uma só. Nesses papeis, ele sempre passou a mim valores éticos, de justiça, seriedade, do bom caráter, respeito ao próximo e honestidade. Embora protetor, me cobrou independência, maturidade e firmeza em minhas decisões pessoais e profissionais, apoiando-as quaisquer que fossem.
Com o exemplo de seu espírito corajoso, aprendi a enfrentar as dificuldades encontradas na vida e a superá-las com destemor. Espirituoso e perspicaz, mostra ser possível extrair graça e vivacidade de qualquer situação. Foram muitos – e ainda são – os ensinamentos recebidos ao longo da nossa alegre convivência familiar. Devo dizer que sou infinitamente abençoada de tê-lo como pai e extremamente orgulhosa da carreira jurídica que vem trilhando ao longo de quarenta e cinco anos de carreira, o que só faz honrar a magistratura brasileira.
Meu pai tem defeitos? É claro que sim, como todo ser humano, mas não vou contá-los aqui, pois estaria falando de mim mesma – afinal, de todos os filhos, dizem que o meu “gênio” é o que mais se parece com o dele.
Glaís Peluso é juíza no Fórum de Pinheiros, em São Paulo
Revista Consultor Jurídico, 19 de abril de 2012
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